Entre 1889 até 1937 a capoeira deixou de ser permitida no território nacional. Só voltou a ser praticada legalmente através da influência que mestre Bimba tinha com o então presidente Getúlio Vargas.
Dessa forma nasceu a Luta Regional Baiana. Para esse novo estilo de defesa foram incorporados aos movimentos ancestrais da capoeira golpes de outras lutas como o jui-jitsu e o boxe, e a graduação através de cordéis. Este novo estilo se difundiu entre a classe média brasileira.
Já o ritual de Capoeria ancestral, de raiz, criado pelos negros nas senzalas continuou sendo passado desde 1910 na academia de mestre Pastinha na Bahia e atualmente por seus discípulos Mestre João Pequeno (Bahia) e Mestre João Grande (Nova York), ficando reconhecida neste século como Capoeira Angola.
Diferente da Regional em que a luta ,a rivalidade e o poder do embate são valorizados, na Angola o que conta é o respeito pelo seu espaço e do outro, o domínio dos movimentos, saber como cair e levantar, ser flexível e maleável. Como já dizia mestre Pastinha: “a capoeira é um diálogo de corpos que eu venço quando o meu oponente não tem mais respostas para minhas perguntas”.